Porque provocamos a ira de Deus ?

  Há uma argumentação muito usada pelos ateus e agnósticos que é a seguinte: "Se Deus existe e Ele é bom, então porque existem as guerras, fome, pobreza, injustiça, violência, discriminação, mentira, inveja, etc, entre os homens ? Se Ele existe e é poderoso, porque não acaba com tudo isso ?
   A verdade é que Ele existe, é bom, misericordioso, onisciente, onipotente e onipresente, ou seja, Deus possui características e adjetivos bem distintos do ser humano e por isso a relação Dele com o homem não pode ser limitada aos padrões dos nossos relacionamentos. 
      Devemos entendê-Lo segundo aquilo que Ele de fato é e respeitá-lo conforme a dimensão de Sua existência, de Seu caráter, de Seu poder e de Seu propósito para conosco, caso contrário, nossa relação com Ele será conflituosa.


      Para entendê-Lo é necessário primeiramente nos dispor a buscar conhecimento Dele na Bíblia e depois de conhecer Seus feitos e Seu caráter, buscar o conhecimento científico, que dia após dia, vem comprovando o que foi escrito há milhares de anos atrás, por pessoas escolhidas e inspiradas por Ele. Se não fizermos assim, não poderemos alcançar e entender a dimensão de sua existência e atuação.
       O grande problema é que muitas vezes adquirimos um conhecimento e relacionamento bastante próximo Dele e com Ele e ainda assim tropeçamos ou desviamos desta relação. Nós falhamos e não Ele !
       Ao entendermos Sua dimensão, admitimos facilmente que Ele não erra porque é onisciente, não desvia porque é onipresente e não falha porque é onipotente, então facilmente também admitimos que nossa dimensão é muito pequena em relação à Dele e humildemente compreendemos que também grandes são o seu caráter, bondade e misericórdia, que vendo nossas inúmeras limitações físicas e espirituais, compadece-se de nós, quando Ele percebe que verdadeiramente compreendemos o quanto somos pequenos diante Dele.


      A nossa vida na terra consiste em nascer, crescer em conhecimento e fisicamente, escolher ou ocupar uma profissão, casar, constituir família, gerar descendentes, envelhecer e morrer, mas pelo livre arbítrio com que fomos agraciados por Deus, podemos decidir como trilharemos esta jornada desde o nascimento até a morte e isso faz grande diferença em nossa relação pessoal, interpessoal e com o sagrado.
    Deus nos dá uma boa dica para termos sucesso nas diferentes áreas que necessariamente temos de trilhar em nossa vida, quando recomendou que buscássemos primeiramente o conhecimento de Si, de Sua dimensão, de Seu caráter e de Sua justiça, porque se assim fizermos e procurarmos imitar o Seu caráter e Sua Justiça, as boas coisas que buscarmos em nossa trajetória de vida, serão naturalmente atraídas a nós.


   O grande entrave que encontramos às nossas expectativas
decorre do fato de não termos uma relação sincera com a nossa própria pessoa, não somos plenamente verdadeiros e honestos com o nosso eu, muitas vezes podemos até conseguir passar uma imagem enganosa para outras pessoas, mas nunca para Deus, por isso, a extensão do primeiro mandamento bíblico é a relação com as pessoas com as quais lidamos diariamente. Diz o primeiro mandamento: "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"! Este mandamento resume todos os demais.
   Quando buscamos primeiramente a Deus e toda a Sua Justiça, fatalmente nos enchemos de amor e justiça para com a nossa própria pessoa e só assim é que iremos conseguir a extensão deste mandamento, que é amar ao próximo como a nós mesmos! Eis aqui como é o relacionamento dos anjos que vivem com Deus no céu! Deus quer que repliquemos na terra o mesmo estilo de relacionamento existente no céu, isto é o que Ele quer que busquemos no Seu Reino! Disse Ele ainda: "Pensai nas coisas do alto"!
 Quando cumprimos a primeira etapa em nosso relacionamento com Deus que é obtermos o Seu conhecimento através da leitura bíblica, participando de estudos bíblicos, praticando a relação celestial na congregação, naturalmente o Seu Santo Espírito passa a moldar o nosso caráter e sentiremos mal quando não tratamos a nós e ao nosso próximo com o mesmo amor e a mesma justiça que esperamos ter de Sua parte.


      Até aqui não fizemos algo muito extraordinário, pois na congregação de Deus, todas as pessoas buscam as mesmas coisas, então uma coesão não será difícil, ocorre que Deus não restringe o conceito de próximo apenas aos que professam a mesma fé. Desde o Velho Testamento existe a recomendação para estender aos gentios as mesmas boas ações praticadas aos da mesma fé; Jesus confirmou este entendimento ao não discriminar os samaritanos e outros povos que não haviam guardado a fé genuína. 
    A segunda etapa de nosso relacionamento com Deus estará cumprida quando levamos a fé genuína que adquirimos àqueles que ainda não foram alcançados por ela e dentre estas pessoas certamente estarão pessoas de nosso relacionamento, seja na família, um vizinho, um colega de trabalho, etc, estas pessoas também são consideradas por Deus como próximos de nós e a estes devemos também levar o amor e a justiça do Reino Celeste.
       Uma vez que conhecemos as duas primeiras etapas em nosso relacionamento com Deus, já constatamos que Deus espera que não retenhamos em nós mesmos as bençãos advindas de nosso relacionamento com Ele, mas que a compartilhemos com todas as pessoas com as quais viermos a ter relacionamento. Nasce aqui uma missão para todo Cristão e também as funções na Igreja e em ambos os casos sentiremos agraciados em cumpri-las.
    Ao decidirmos definitivamente engajarmos nos propósitos do Reino de Deus, passamos a ser dirigidos pelo Espírito Santo, que nos orientará em nosso relacionamento pessoal com Deus, com o próximo e com a Igreja, porém é o nível de nosso relacionamento pessoal com Deus que será reproduzido em nossos outros relacionamentos e neste ponto é que somos provados e muitas vezes tentados.


      A provação vem de Deus e a tentação vem de satanás e enquanto vivermos aqui neste mundo estes dois testes fatalmente ocorrerão e ambas servem para aprimorarmos nosso conhecimento do mundo espiritual e nosso relacionamento com Deus e muitas vezes permitimos que fatos cotidianos como estresse no trabalho, pessoas mal intencionadas, frustração profissional, sonhos não realizados, doenças, etc., venham a intervir nesta relação.
       
      Quando provocamos a ira de Deus?   

      Para Deus existem dois tipos de pessoas: as que são Suas e as que não são. Nos parágrafos acima soubemos quando uma pessoa se torna um filho de Deus e aqueles que ainda não são. Aos que ainda não são, sejam eles ateus, agnósticos ou adoradores de outros deuses, cabe-nos apenas levá-las o Reino dos céus, refutando suas ideologias, confrontando-as diante do conhecimento das Sagradas Escrituras, desafiando-as a um relacionamento puro e verdadeiro com Deus.
    Quanto mais alto o nível de nosso relacionamento e aliança com Deus, maiores serão os ataques que receberemos, vindos de pessoas que conscientemente ou não, são usadas pelas hostes do mal. Muitas vezes erramos ao pensar que somos suficientemente fortes na fé e decidimos responder aos ataques sem o necessário empoderamento espiritual vindo de Deus.


    Nos dias difíceis das batalhas espirituais, quando as temos de conciliá-las com nossos afazeres diários, os quais, nos dias de hoje estão cercados de estresse no trânsito, concorrências acirradas no trabalho, estudos, etc., mais difícil é manter a calma e a fé, e, como humanos, erramos. Deus, em sua infinita bondade, sabe que somos carne e que nossa tendência é sempre revidar aos ataques e injustiças que nos afrontam, contudo, Ele sabe que mais cedo ou mais tarde, cairemos na real e seja pelo amor ou pela dor, aprenderemos. Seu maior conselho nestes casos é: é melhor o obedecer que o sacrificar!
        Nos consola muito ter um Pai Celestial e Deus também se alegra muito quando um de nós desejamos tê-Lo como Pai, mas assim como em nossa vida familiar, em nossa vida espiritual, nosso pai também espera que entendamos e obedeçamos os princípios dos seus conselhos e mandamentos, pois todos estes visam o nosso bem estar! Exatamente neste ponto é que provocamos a ira de Deus! Desejamos ser seus filhos, sabemos que seus conselhos são para o nosso bem, mas em situações em que nos sentimos diminuídos em nossa honra, quando não somos compreendidos como queríamos ser, quando somos enganados nos negócios ou em nossas relações familiares e no trabalho, muitas vezes deixamos de ter uma atitude espiritualmente madura diante destes fatos e descemos ao mesmo nível das pessoas que nos puseram nestas condições, ou seja, ao invés de confiarmos e confortarmos na solução divina, que é onisciente e onipotente, passamos a acreditar em nossas próprias soluções, que são limitadas e não podem ver além dos fatos!

      As sete taças da ira de Deus

      As sete taças da ira de Deus, citadas em Apocalipse 16, serão o maior flagelo ocorrido na terra desde o dilúvio e ocorrerão durante o mais assustador período apocalíptico chamado "A grande tribulação", que de tão terrível, Deus poupará seus escolhidos do mesmo.


     Muitas pessoas não entendem ou acreditam que um Deus bondoso e misericordioso possa afligir a humanidade com tamanho castigo, porém quando conhecemos e cremos na história bíblica, podemos perfeitamente entender que também esse castigo e outros de tempos passados também são provas de Seu amor pela humanidade; na medida em que nos permite longos tempos de livre arbítrio, quando é tolerante com nossos erros, nos castigando com curtos períodos de dor, ainda assim, mostrando seu amor a quem tem amor, pois quem tem o amor que Deus e seus enviados nos ensinaram, são de alguma forma, poupados ou aliviados nas tribulações.
     Assim como o bom pai corrige seus filhos, também nosso Pai Celestial corrige sua principal criação: o homem! Se os flagelos são grandes é porque grande é o número dos que compõem a humanidade. Deus nunca castiga sem antes dar prazo para que arrependamos, sem antes não nos alertar repetidas vezes. 
      A humanidade foi suficientemente ensinada a praticar o bem, mas a maioria dela pratica o mal. Desde sua primeira vinda, fomos ensinados por Jesus Cristo a praticar o reto caminho e muito alertados através de seus profetas, quanto às consequências da desobediência, já tivemos dois mil anos de carência e portanto não há espaço para não entendermos os flagelos que muito em breve virão!

       Por Nelsomar Correa, em 12 de setembro de 2017

       Enriqueça sua leitura com nossos textos:

       O bem e o mal - o princípio e o fim
       Quem são as duas testemunhas?
              Escatologia de Gênesis à Apocalipse
             A besta capitalista que surge da terra
             Os cristãos e o chip mondex
             As pragas do Egito e os flagelos de Apocalipse
             A cidade profetizada
             Compreendendo as figuras apocalipticas


    

        
        
        
         
        

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