Cristianismo e Islamismo - perspectivas imediatas (parte VI)

      ATENÇÃO: Esta é uma série de estudos, por isso sugerimos que leiam esta série sequencialmente para que acompanhem o desenvolvimento do raciocínio que pretendemos levar aos nossos leitores. você encontrará os links desta série ao final deste texto. Obrigado

      Ao sermos chamados a escrever esta série de estudos, nos vimos diante de uma enorme responsabilidade e isso nos moveu a buscar informações concisas não apenas da realidade atual do islã mas também conhecer sua história, para que não pudéssemos exprimir idéias preconceituosas e distantes da realidade. Desta forma, assim como procuramos fazer em todas as postagens deste canal, nos pautamos pela sensatez, lógica, razão e sentido, com o afã de alcançarmos a idealidade do que Deus tem proposto aos homens, pela existência das três grandes religiões monoteístas que são o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, pela cronologia da criação destas.

Monoteísmo: Quem poderá conhecer a mente de Deus?

  Conseguimos nas séries anteriores levar aos nossos amigos leitores informações concisas para que pudessem desenvolver um arcabouço histórico e teológico suficientes para a compreensão dos fatos das últimas décadas, nos quais o oriente médio e a religião islâmica têm sido o cerne dos mesmos. Assim como os judeus, a grande maioria dos muçulmanos, que são formados por povos árabes e persas, são de origem semita (descendentes de Sem, filho de Noé) e era tradição desde Noé a crença do Deus Único, tradição esta sempre mantida pelos descendentes, embora que em alguns momentos, parte destes voltavam ao costume primitivo de cultuar ídolos e imagens.
     A Bíblia nos relata a ação de Deus em levantar homens ungidos para resgatar a história e o culto ao Deus Único, como Enoque, Noé, Abraão, Moisés, dentre vários outros e o Islamismo prega que Maomé é junto com estes, também um ungido de Deus, que teve a missão de resgatar a fé monoteísta. De fato, nenhuma pessoa sensata poderá negar que o islamismo tenha agregado as diversas tribos e povos do oriente médio que até então não haviam se convertido ao cristianismo e ao judaísmo, à fé ao Deus Único. Assim como para os judeus é muito difícil aceitar o cristianismo que tem Jesus como o Messias, também é muito difícil para os cristãos aceitar Maomé como um dos ungidos de Deus para resgatar a fé monoteísta, apesar dos fatos mostrarem a eficácia do islã neste propósito, mas quem pode esquadrinhar a mente de Deus?

O profeta Elias enfrenta os 450 profetas de Baal.

    Neste ponto é fundamental meditarmos qual tem sido o propósito maior de Deus desde que tem Se revelado ao homem: Porventura não tem sido de fazê-lo crer e aceitá-lo como o único e exclusivo Deus? Temos de aceitar que Deus tem se esforçado em Se fazer conhecer, seja por meios dos milagres, pelas profecias ou mesmo pelos castigos que tem aplicado ao Seu povo. Desde Adão até Moisés, fé no Deus Único tem passado de geração em geração por meio da fala e dos costumes, porém Moisés é chamado para uma nova etapa no relacionamento de Deus com o homem: a partir dele os fatos, os milagres e as profecias passam a ser registrados de forma escrita; Ele havia dito a Moisés que apesar de ter aparecido à Abraão, Isaque e Jacó, como Deus Todo-Poderoso, pelo Seu nome, o Senhor, não havia sido perfeitamente conhecido (Êxodo 6:2-3).
  De fato Deus tem se revelado gradativamente ao homem  mas também disse que não contenderia seu espírito por muito tempo com ele, devido à desobediência e infidelidade, comparando-o como uma prostituta (Oséias 2) e lhe promete o Renovo (Zacarias 3:8-9), que reconciliará o homem Consigo, fazendo-se cordeiro imolado, logo, todas as promessas de Deus se concretizam em Jesus Cristo, como então poderemos enxertar os muçulmanos na videira? (João 15)
Eu sou a videira verdadeira, quem está em mim não será lançado fora!

        Eis aqui a grande questão que cristãos e muçulmanos devem compreender detidamente: Jesus não é apenas mais um profeta escolhido por Deus, Ele, diferentemente de todos os outros, teve sua primeira e segunda vinda amplamente profetizadas, seu nascimento, vida e morte foram sobrenaturais, Ele ressuscitou e voltará para o Seu Reino Milenar (ver este nosso link: Vivendo o Reino Milenar de Cristo), que unirá céus e terra. Maomé e os muçulmanos aparentemente não compreenderam o real significado de quem é Jesus. Pela história judaica, cristã e muçulmana que detivemos em trazer à luz aos nossos leitores, procuramos evidenciar as razões pelas quais os muçulmanos muitas vezes se sentem preteridos da Santa aliança, seja pela separação de Ismael da convivência de Abraão, pelo que celebram a Festa do Sacrifício, seja pelo fato de que à descendência de Ismael não tenha sido dada a participação na Divina Aliança (Gênesis 17:18-24).
        O judaísmo, pela gestão equivocada de seus líderes, tornou-se uma religião fechada em si mesma e não mais cumpria o propósito, e não tendo Deus mais como contender seu espírito geração após geração com um povo de dura cerviz, promete um renovo que levaria a Santa Aliança a todos os povos (Atos 10:9-34); Jesus é o prometido renovo, o broto da oliveira em quem serão enxertados todos aqueles que nele crê (João 14:1-17). A lei dada à Moisés estabelecia que apenas o sacerdote poderia adentrar ao santíssimo lugar do tabernáculo e este lugar era separado do lugar santo por um grosso véu, mas Jesus em Sua morte rasgou este véu ao meio e por meio Dele podemos nos achegar a Deus, pois Ele é o cordeiro que purifica os nossos pecados, de modo que assim temos em nós mesmos o altar de Deus, somos o Seu templo, orientados e consolados pelo Espírito Santo.
       Infelizmente, pela falta de conhecimento bíblico e intimidade e aceitação do Espírito Santo, alguns teólogos islâmicos interpretam a promessa do Espírito Santo dita por Jesus, como sendo concretizada na pessoa de Maomé, contudo nós, que felizmente tivemos a graça de conviver e receber os dons do espírito, podemos rejeitar veementemente este entendimento, uma vez que temos oportunidade de receber palavras proféticas (dons de profecia), de falar em línguas estranhas (glossolalia), de sabedoria e todos os demais dons do espírito; portanto, quando rejeitamos esta proposição não estamos alijando os muçulmanos da Santa Aliança, mas preservando-a em toda a sua plenitude de graça e bençãos, que nos torna mais próximos de nosso Pai Celeste.

Jesus reconciliará Deus com os homens e céus e terra terão um único governo.

       A vinda do Espírito Santo foi prometida e cumprida até que Deus tenha posto todos os inimigos de Cristo debaixo do escabelo de seus pés (Atos 2:32-35) e preparado a Igreja por meio da missão das Duas Testemunhas (Ver o nosso link: Quem são as duas testemunhas?), cujo testemunho será conhecido de todos os povos da terra, guerrearão contra o anticristo e serão ascendidos aos céus diante dos olhos dos moradores da terra (Apocalipse 11). Assim como os judeus devem crer que Jesus é o messias que esperam, também os muçulmanos precisam compreender e aceitar a missão das Duas Testemunhas, que trarão sinais incontestáveis da parte de Deus, fazendo críveis diante de toda alma, as promessas e o propósito de Deus para com o homem, portanto a Santa Aliança está aberta a todo o homem que a ela aceitar.
          
         Por Nelsomar Correa em 10 de novembro de 2014.

             Enriqueça sua leitura lendo os outros textos desta série em nossos links:



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