Irmãos, resolvemos disponibilizar em nosso blog o segundo capítulo do Alcorão porque achamos que muito provavelmente a grande maioria dos cristãos, movidos por receio de pecar ou por preconceito, jamais iriam ler um trecho deste livro considerado sagrado para os muçulmanos, contudo, conforme citamos na postagem que nos moveu a tomar esta decisão, porque a chegada do Reino Milenar de Cristo está bem mais próxima do que imaginam a maioria dos cristãos e certamente, isto impactará totalmente o oriente médio e todos os povos que ali habitam, haja visto que suas fronteiras alcançarão diversos países que hoje professam a fé islâmica, assim sendo, cumpre-nos ponderar sobre as perspectivas religiosas, sociais, culturais e históricas decorrentes deste acontecimento há tanto tempo profetizado na Bíblia, livro sagrado dos cristãos, que os muçulmanos afirmam cumprir melhor que estes primeiros.
Por ordenança divina resolvemos tratar deste assunto delicado numa série de estudos intitulados "Cristianismo e Islamismo - perspectivas imediatas". Como cristãos que conhecem as últimas profecias, sabemos que Jesus virá para reinar por mil anos no monte Sião em Jerusalém (veja o estudo: Vivendo o Reino Milenar de Cristo), para estabelecer juízo sobre toda a terra, assim, cabe ao cristão fiel e realmente engajado nas tarefas do Reino de Deus, conhecer melhor todas as culturas, religiões e história dos povos que estarão cobertos geograficamente por suas fronteiras, bem como as demais religiões não cristãs, para que, como obreiros deste Reino, estejam aptos a defendê-lo em qualquer parte do planeta terra, assim sendo, não temam em ler este capítulo abaixo, com o objetivo único de absorver conhecimento apologético e não de conversão a esta religião, que é objeto de estudo na série acima mencionada. O Senhor Jesus vos abençoe e ilumine.
"AL BÁCARA" - البقرة - (A VACA) - A 2ª SURATA
Revelada em Medina, 286 versículos.
Por ordenança divina resolvemos tratar deste assunto delicado numa série de estudos intitulados "Cristianismo e Islamismo - perspectivas imediatas". Como cristãos que conhecem as últimas profecias, sabemos que Jesus virá para reinar por mil anos no monte Sião em Jerusalém (veja o estudo: Vivendo o Reino Milenar de Cristo), para estabelecer juízo sobre toda a terra, assim, cabe ao cristão fiel e realmente engajado nas tarefas do Reino de Deus, conhecer melhor todas as culturas, religiões e história dos povos que estarão cobertos geograficamente por suas fronteiras, bem como as demais religiões não cristãs, para que, como obreiros deste Reino, estejam aptos a defendê-lo em qualquer parte do planeta terra, assim sendo, não temam em ler este capítulo abaixo, com o objetivo único de absorver conhecimento apologético e não de conversão a esta religião, que é objeto de estudo na série acima mencionada. O Senhor Jesus vos abençoe e ilumine.
"AL BÁCARA" - البقرة - (A VACA) - A 2ª SURATA
Revelada em Medina, 286 versículos.
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1 Alef, Lam, Mim.
2 Eis o livro que é indubitavelmente a orientação dos temente a Deus;
3 Que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com que
os agraciamos;
4 Que crêem no que te foi revelado (ó Mohammad), no que foi revelado
antes de ti e estão persuadidos da outra vida.
5 Estes possuem a orientação do seu Senhor e estes serão os
bem-aventurados.
6 Quanto aos incrédulos, tento se lhes dá que os admoestes ou não os
admoestes; não crerão.
7 Deus selou os seus corações e os seus ouvidos; seus olhos estão
velados e sofrerão um severo castigo.
8 Entre os humanos há os que dizem: Cremos em Deus
e no Dia do Juízo Final. Contudo, não são fiéis.
9 Pretendem enganar Deus e os fiéis, quando só enganam a si mesmos, sem
se aperceberem disso.
10 Em seus corações há morbidez, e Deus os aumentou em morbidez, e
sofrerão um castigo doloroso por suas mentiras.
11 Se lhes é dito: Não causeis corrupção na terra, afirmaram: Ao
contrário, somos conciliadores.
12 Acaso, não são eles os corruptores? Mas não o sentem.
13 Se lhes é dito: Crede, como crêem os demais humanos, dizem: Temos de
crer como crêem os néscios? Em verdade, eles sãos os néscios, porém não o
sabem.
14 Em quando se deparam com os fiéis, asseveram: Cremos. Porém, quando a
sós com os seus sedutores, dizem: Nós estamos convosco; apenas zombamos deles.
15 Mas Deus escarnecerá deles e os abandonará, vacilantes, em suas
transgressões.
16 São os que trocaram a orientação pelo extravio; mas tal troca não
lhes trouxe proveito, nem foram iluminados.
17 Parecem-se com aqueles que fez arder um fogo; mas, quando este
iluminou tudo que o rodeava, Deus extinguiu-lhes a luz, deixando-os sem ver,
nas trevas.
18 São surdos, mudos, cegos e não se retraem (do erro).
19 Ou como (aquele que, surpreendidos por) nuvens do céu, carregadas de
chuva, causando trevas, trovões e relâmpagos, tapam os seus ouvidos com os
dedos, devido aos estrondos, por temor à morte; mas Deus está inteirado dos
incrédulos.
20 Pouco falta para que o relâmpago lhes ofusque a vista. Todas as vezes
que brilha, andam à mercê do seu fulgor e, quando some, nas trevas se detêm e,
se Deus quisesse, privá-los-ia da audição e da visão, porque é Onipotente.
21 Ó humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou,
bem como aos vossos antepassados, quiçá assim tornar-vos-íeis virtuosos.
22 Ele fez-vos da terra um leito, e do céu um teto,
e envia do céu a água, com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento.
Não atribuais rivais a
Deus, conscientemente.
23 E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo
(Mohammad), componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as
vossas testemunhas, independentemente de Deus, se estiverdes certos.
24 Porém, se não o dizerdes – e certamente não podereis fazê-lo – temei,
então, o fogo infernal cujo combustível serão os idólatras e os ídolos; fogo
que está preparado para os incrédulos.
25 Anuncia (ó Mohammad) os fiéis que praticam o bem
que obterão jardins, abaixo dos quais correm os rios. Toda vez que forem
agraciados com os seus frutos, dirão: Eis aqui o que nos fora concedido antes!
Porém, só o será na aparência. Ali terão companheiros imaculados e ali morarão
eternamente.
26 Deus não Se furta em exemplificar com um
insignificante mosquito ou
com algo maior ou menor do que ele. E os fiéis sabem que esta é a verdade
emanada de seu Senhor. Quanto aos incrédulos, asseveram: Que quererá significar
Deus com tal exemplo? Com isso desvia muitos e encaminha muitos outros. Mas,
com isso, só desvia os depravados.
27 Que violam o pacto com Deus, depois de o terem concluído; separam o
que Deus tem ordenado manter unido e fazem corrupção na terra. Estes serão
desventurados.
28 Como ousais negar a Deus, uma vez que éreis inertes e Ele vos deu a
vida, depois vos fará morrer, depois vos ressuscitará e então retornais a Ele?
29 Ele foi Quem vos criou tudo quando existe na terra; então, dirigiu
Sua vontade até o firmamento do qual fez, ordenadamente, sete céus, porque é
Onisciente.
30 (Recorda-te ó Profeta) de quando teu Senhor disse aos anjos: Vou
instituir um legatário na terra! Perguntaram-Lhe: Estabelecerás nela quem alí
fará corrupção, derramando sangue, enquanto nós celebramos Teus louvores,
glorificando-Te? Disse (o Senhor): Eu sei o que vós ignorais.
31 Ele ensinou a Adão todos os nomes e depois
apresentou-os aos anjos e lhes falou: Nomeai-os para Mim e estiverdes certos.
32 Disseram: Glorificado sejas! Não possuímos mais conhecimentos além do
que Tu nos proporcionaste, porque somente Tu és Prudente, Sapientíssimo.
33 Ele ordenou: Ó Adão, revela-lhes os seus nomes. E quando ele lhes
revelou os seus nomes, asseverou (Deus): Não vos disse que conheço o mistério
dos céus e da terra, assim como o que manifestais e o que ocultais?
34 E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante
Adão! Todos se prostraram, exceto Lúcifer que,
ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.
35 Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com
a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não
vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos.
36 Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que
saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam. Então dissemos:
Descei! Sereis
inimigos uns dos outros, e, na terra, tereis residência e gozo transitórios.
37 Adão obteve do seu Senhor algumas palavras de
inspiração,
e Ele o perdoou, porque é o Remissório, o Misericordioso.
38 E ordenamos: Descei todos aqui! Quando vos
chegar de Mim a orientação, aqueles que seguirem a Minha orientação
não serão presas do temor, nem se atribularão.
39 Aqueles que descrerem e desmentirem os Nossos versículos serão os
condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.
40 Ó israelitas, recordai-vos das Minhas mercês, com as quais vos
agraciei. Cumpri o vosso compromisso, que cumprirei o Meu compromisso, e temei
somente a Mim.
41 E crede no que revelei, e que corrobora a revelação que vós tendes;
não sejais os primeiros a negá-lo, nem negocieis as Minhas leis a vil preço, e
temei a Mim, somente,
42 E não disfarceis a verdade com a falsidade, nem a oculteis,
sabendo-a.
43 Praticai a oração pagai o zakat e
genuflecti, juntamente com os que genuflectem.
44 Ordenais, acaso, às pessoas a prática do bem e esqueceis, vós mesmos,
de fazê-lo, apesar de lerdes o Livro? Não raciocinais?
45 Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é
carga pesada, salvo para os humildes,
46 Que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão.
47 Ó Israelitas, recordai-vos das Minhas mercês, com as quais vos
agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporâneos.
48 E temei o dia em que nenhuma alma poderá advogar por outra, nem lhe
será admitida intercessão alguma, nem lhe será aceita compensação, nem ninguém
será socorrido!
49 Recordai-vos de quando vos livramos do povo do Faraó, que vos
infligia o mais cruel castigo, degolando os vossos filhos e deixando com vida
as vossas mulheres. Naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor.
50 E de quando dividimos o mar e vos salvamos, e afogamos o povo do Faraó,
enquanto olháveis.
51 E de quando instituímos o pacto das quarenta
noites de Moisés e
que vós, em sua ausência, adorastes do bezerro, condenando-vos.
42 Então, indultamo-vos, depois disso, para que ficásseis agradecidos.
53 E de quando concedemos a Moisés o Livro e o Discernimento, para que
vos orientásseis!
54 E de quando Moisés disse ao seu povo: Ó povo
meu, por certo que vos condenastes, ao adorardes o bezerro. Voltai, portanto,
contritos, penitenciando-vos para o vosso Criador, e imolai-vos mutuamente.
Isso será preferível, aos olhos do vosso Criador. Ele vos absolverá, porque é o
Remissório, o Misericordioso.
55 E de quando dissestes: Ó Moisés, não creremos em ti até que vejamos
Deus claramente! E a centelha vos fulminou, enquanto olháveis.
56 Então, vos ressuscitamos, após a vossa morte, para que assim, talvez,
Nos agradecêsseis.
57 E vos agraciamos, com as sombras das nuvens e
vos enviamos o maná e
as codornizes, dizendo-vos: Comei de todas as coisas boas com que vos
agraciamos! (Porém, o desagradeceram) e, com isso, não Nos prejudicaram, mas
prejudicaram a si mesmos.
58 E quando vos dissemos: Entrai nessa cidade e
comei com prodigalidade do que vos aprouver, mas entrai pela porta,
prostrando-vos, e dizei: Remissão! Então, perdoaremos as vossas faltas e
aumentaremos a recompensa dos benfeitores.
59 Os iníquos permutaram as palavras por outras que não lhe haviam sido
ditas, pelo que enviamos sobre eles um castigo do céu, por sua depravação.
60 E de quando Moisés Nos implorou água para o seu
povo, e lhe dissemos: Golpeia a rocha com o teu cajado! E de pronto brotaram
dela doze mananciais,
e cada grupo reconheceu o seu. Assim, comei e bebei da graça de Deus, e não
cismeis na terra, causando corrupção.
61 E de quando dissestes: Ó Moisés, jamais nos
conformaremos com um só tipo de alimento! Roga ao teu Senhor que nos
proporcione tudo quanto a terra produz: suas hortaliças, seus pepinos, seus
alhos, suas lentilhas e suas cebolas! Perguntou-lhes: Quereis trocar o melhor
pelo pior? Pois bem: Voltai para o Egito,
onde terei que implorais! E foram condenados à humilhação e à indigência, e
incorreram na abominação de Deus; isso, porque negaram os versículos os
versículos de Deus e assassinaram injustamente os profetas. E também porque se
rebelaram e foram agressores.
62 Os fiéis, os judeus, os cristãos, e os sabeus, enfim todos os que
crêem em Deus, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua
recompensa do seu Senhor e não serão presas do temor, nem se atribuirão.
63 E de quando exigimos o vosso compromisso e
levantamos acima de vós o Monte,
dizendo-vos: Apegai-vos com firmeza ao que vos concedemos e observai-lhe o
conteúdo, quiçá (Me) temais.
64 Apesar disso, recusaste-lo depois e, se não fosse pela graça de Deus
e pela Sua misericórdia para convosco, contar-vos-íeis entre os desventurados.
65 Já sabeis o que ocorreu àqueles, dentre vós, que
profanaram o sábado; a esses dissemos: "Sede símios desprezíveis!"
66 E disso fizemos um exemplo para os seus contemporâneos e para os seus
descendentes, e uma exortação para os tementes a Deus.
67 E de quando Moisés disse ao seu povo: Deus vos ordena sacrificar uma
vaca. Disseram: Zombas, acaso, de nós? Respondeu: Guarda-me Deus de contar-me
entre os insipientes!
68 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indique como ela deve ser.
Explicou-lhes: Ele afirma que há de ser uma vaca que não seja nem velha, nem
nova, de meia-idade. Fazei, pois, o que vos é ordenado.
69 Disseram: Roga ao teu Senhor, para que nos indique a cor dela. Tornou
a explicar: Ele diz que tem de ser uma vaca de cor jalne que agrade os
observadores.
70 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indique como deve ser, uma
vez que todo bovino nos parece igual e, se a Deus aprouver, seremos guiados.
71 Disse-lhes: Ele diz que tem de ser uma vaca mansa, não treinada para
labor da terra ou para rega dos campos; sem defeitos, sem manchas. Disseram:
Agora falaste a verdade. E a sacrificaram, ainda que pouco faltasse para que
não o fizessem.
72 E de quando assassinastes um ser e disputastes a
respeito disso; mas Deus revelou tudo quanto ocultáveis.
73 Então ordenamos: Golpeai-o (o morto), com um
pedaço dela (rês sacrificada). Assim Deus ressuscita os mortos vos manifesta os
seu sinais, para que raciocineis.
74 Apesar disso os vossos corações se endurecem; são como as rochas, ou
ainda mais duros. De algumas rochas brotam rios e outras se fendem e delas mana
a água, e há ainda outras que desmoronam, por temor a Deus. Mas Deus não está
desatento a tudo quanto fazeis.
75 Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vós, sendo que alguns
deles escutavam as palavras de Deus e, depois de as terem compreendido,
alteravam-nas conscientemente?
76 Quando se encontram com
os fiéis, declaram: Cremos! Porém, quando se reúnem entre si, dizem:
Relatar-lhes-eis o que Deus vos revelou para que, com isso, vos refutem perante
o vosso Senhor? Não raciocinais?
77 Ignoram, acaso, que Deus sabe tanto o que ocultam, como o que
manifestam?
78 Entre eles há iletrados que não compreendem o Livro, a não ser
segundo os seus desejos, e não fazem mais do que conjecturar.
79 Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com as suas mãos, e
então dizem: Isto emana de Deus, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo
que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!
80 E asseveram: O fogo não vos atormentará, senão por dias contados.
Pergunta-lhes: Recebestes, acaso, de Deus um compromisso? Pois sabei que Deus
jamais quebra o Seu compromisso. Ou dizeis de Deus o que ignorais?
81 Qual! Aqueles que lucram por meio de um mal e estão envolvidos por
suas faltas serão os condenados ao inferno, no qual permanecerão eternamente.
82 Os fiéis, que praticam o bem, serão os diletos do Paraíso, onde
morarão eternamente.
83 E de quando exigimos o compromisso dos
israelitas,
ordenando-lhes: Não adoreis senão a Deus; tratai com benevolência vossos pais e
parentes, os órfãos e os necessitados; falai ao próximo com doçura; observai a
oração e pagai o zakat. Porém, vós renegastes desdenhosamente, salvo um pequeno
número entre vós.
84 E de quando exigimos nosso compromisso, ordenando-vos: Não derrameis
o vosso sangue, nem vos expulseis reciprocamente de vossas casas; logo o
confirmastes e testemunhastes.
85 No entanto, vede o que fazeis: estais vos matando; expulsais das
vossas casas alguns de vós, contra quem demonstrais injustiça e transgressão; e
quando os fazeis prisioneiros, pedis resgate por eles, apesar de saberdes que
vos era proibido bani-los. Credes, acaso, em uma parte do Livro e negais a
outra? Aqueles que, dentre vós, tal cometem, não receberão, em troca, senão
aviltamento, na vida terrena e, no Dia da Ressurreição, serão submetidos ao
mais severo dos castigo. E Deus não está desatento em relação a tudo quanto
fazeis.
86 São aqueles que negociaram a vida futura pela vida terrena; a esses
não lhes será atenuado o castigo, nem serão socorridos.
87 Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele
enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as
evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade.
Cada vez que vos era apresentado um mensageiro, contrário aos vossos interesses,
vós vos ensoberbecíeis! Desmentíeis uns e assassináveis outros.
88 Disseram: Nossos corações são insensíveis! Qual!
Deus os amaldiçoou por sua incredulidade. Quão pouco acreditam!
89 Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro (Alcorão),
corroborante do seu – apesar de antes terem implorado a vitória sobre os
incrédulos – quando lhes chegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldição de
Deus caia sobre os ímpios!
90 A que vil preço se venderam, ao renegarem o que Deus tinha revelado!
Fizeram-no injustamente, inconformados de que Deus revelasse a Sua graça a quem
Lhe aprouvesse, dentre os Seus servos. Assim, atraíram sobre si abominação após
abominação. Os incrédulos sofrerão um castigo afrontoso.
91 Quando lhes é dito: Crede no que Deus revelou! Dizem: Cremos no que
nos foi revelado. E rejeitam o que está além disso (Alcorão), embora seja a
verdade corroborante da que já tinham. Dize-lhes: Por que, então, assassinastes
os profetas de Deus, se éreis fiéis?
92 Já Moisés vos havia apresentado as evidências e, em sua ausência,
adorastes o bezerro, condenando-vos.
93 E quando aceitamos o vosso compromisso e
elevamos o Monte acima de vós, dizendo-vos: Recebei com firmeza tudo quanto vos
concedermos e escutai!, disseram: Já escutamos, porém nos rebelamos! E, por sua
incredulidade, imbuíram os
seus corações com a adoração do bezerro. Dize-lhes: Quão detestáveis é o que
vossa crença vos inspira, se é que sois fiéis!
94 Dize-lhes: "Se a última morada, ao lado de Deus, é
exclusivamente vossa em detrimento dos demais, desejai então a morte, se
estiverdes certos."
95 Porém, jamais a desejariam, por causa do que cometeram as suas mãos;
e Deu bem conhece os iníquos.
96 Tu os acharás mais ávidos de viver do que ninguém, muito mais do que
os idólatras, pois cada um deles desejaria viver mil anos; porém, ainda que
vivessem tanto, isso não os livraria do castigo, porque Deus bem vê tudo quanto
fazem.
97 Dize-lhes Quem for inimigo de
Gabriel, saiba que ele, com o beneplácito de Deus, impregnou-te (o Alcorão) no
coração, para corroborar o que foi revelado antes; é orientação e alvíssaras de
boas novas para os fiéis.
98 Quem for inimigo de Deus, de Seus anjos, dos Seus mensageiros, de
Gabriel e de Miguel, saiba que Deus é adversário dos incrédulos.
99 Revelamos-te lúcidos versículos e ninguém ousará negá-los, senão os
depravados.
100 Será possível que, cada vez que contraem um compromisso, haja entre
eles um grupo que o quebre? Em verdade, a maioria não crê.
101 E quando lhes foi apresentado um Mensageiro (Mohammad) de Deus, que
corroborou o que já possuíam, alguns dos adeptos do Livro (os judeus) atiraram
às costas o Livro de Deus, como se não o conhecessem.
102 E seguiram o que os demônios apregoavam, acerca
do Reinado de Salomão. Porém, Salomão nunca foi incrédulo, outrossim foram os
demônios que incorreram na incredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que
foi revelado aos dois anjos, Harut e Marut,
na Babilônia. Ambos, a ninguém instruíram, se quem dissessem: Somos tão somente
uma prova; não vos torneis incrédulos! Porém, os homens aprendiam de ambos como
desunir o marido da sua esposa. Mas, com isso não podiam prejudicar ninguém, a
não ser com a anuência de Deus. Os homens aprendiam o que lhes era prejudicial
e não o que lhes era benéfico, sabendo que aquele que assim agisse, jamais
participaria da ventura da outra vida. A que vil preço se venderam! Se
soubessem...
103 Todavia, se tivessem acreditado, e temido, teriam obtido a melhor
recompensa de Deus. Se o soubessem!...
104 Ó fiéis, não digais (ao Profeta Mohammad):
"Raina",
outrossim dizei: "Arzurna" e escutai. Sabei que os incrédulos
sofrerão um doloroso castigo.
105 Aos incrédulos, dentre os adeptos do Livro, e aos idólatras,
agradaria que não vos fosse enviada nenhuma mercê do vosso Senhor; mas Deus
outorga a Sua Clemência exclusivamente a quem Lhe apraz, porque é Agraciante
por excelência.
106 Não ab-rogamos nenhum versículo,
nem fazemos com que seja esquecido (por ti), sem substituí-lo por outro melhor
ou semelhante. Ignoras, por acaso, que Deus é Onipotente?
107 Porventura, não sabes que a Deus pertence o reino dos céus e da
terra e que, além de Deus, (vós) não tereis outro protetor, nem defensor?
108 Pretendeis interrogar o vosso Mensageiro, como anteriormente foi
interrogado Moisés? (Sabei que) aquele que permuta a fé pela incredulidade
desvia-se da verdadeira senda.
109 Muitos dos adeptos do Livro, por inveja,
desejariam fazer-vos voltar à incredulidade, depois de terdes acreditado,
apesar de lhes ter sido evidenciada a verdade. Tolerai e perdoai, até
que Deus faça cumprir os Seus desígnios, porque Deus é Onipotente.
110 Observai a oração, pagai o zakat e sabei que todo o bem que
apresentardes para vós mesmo, encontrareis em Deus, porque Ele bem vê tudo
quando fazeis.
111 Disseram: Ninguém entrará no Paraíso, a não ser que seja judeu ou
cristão. Tais são as suas idéias fictícias. Dize-lhes: Mostrai vossa prova se
estiverdes certos.
112 Qual! Aqueles que se submeteram a Deus e são caritativos obterão
recompensa, em seu Senhor, e não serão presas do temor, nem se atribularão.
113 Os judeus dizem: Os cristãos não têm em que se apoiar! E os cristãos
dizem: O judeus não têm em que se apoiar!, apesar de ambos lerem o Livro. Assim
também os néscios dizem coisas semelhantes. Porém, Deus julgará entre eles, quanto
às suas divergências, no Dia da Ressurreição.
114 Haverá alguém mais iníquo do que aquele que
impede que
o nome de Deus seja celebrado em santuários e se esforça por destruí-los? Estes
não deveriam adentrá-los senão, temerosos; sobre eles recairá, pois, o
aviltamento deste mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.
115 Tanto o levante como o poente pertencem a Deus
e, aonde quer que vos dirijais, notareis o Seus Rosto,
porque Deus é Munificente, Sapientíssimo.
116 Dizem (os cristãos): Deus adotou um filho!
Glorificado seja! Pois a Deus pertence tudo quanto existe nos céus e na terra,
e tudo está consagrado a Ele.
117 Ele é o Originador dos céus e da terra e, quando decreta algo,
basta-Lhe dizer: "Seja!" e ele é.
118 Os néscios dizem: "Por que Deus não fala conosco, ou nos apresenta
um sinal?" Assim falaram, com as mesmas palavras, os seus antepassados,
porque os seus corações se assemelham aos deles. Temos elucidado os versículos
para a gente persuadida.
119 Por certo (ó Mensageiro) que te enviamos com a verdade, como
alvissareiro e admoestador, e que não serás responsabilizado pelos réprobos.
120 Nem os judeus, nem os cristãos, jamais estão satisfeitos contigo, a
menos que abraces os seus credos. Dize-lhes: "Por certo que a orientação
de Deus é a Orientação!" Se te renderes aos seus desejos, depois de te Ter
chegado o conhecimento, fica sabendo que não terás, em Deus, Protetor, nem
Defensor.
121 Aqueles a quem concedemos o Livro recitam-no como ele deve ser
recitado. São os que acreditam nele; porém, aqueles que o negarem serão desventurados.
122 Ó israelitas, recordai-vos das Minhas mercês com as quais vos
agraciei, e de que vos preferi aos vossos contemporâneos.
123 E temei o dia em que nenhuma alma poderá advogar por outra alma, nem
lhe será aceita compensação, nem lhe será admitida intercessão alguma, nem
ninguém será socorrido.
124 E quando o seu Senhor pôs à prova Abraão, com
certos mandamentos, que ele observou, disse-lhe: "Designar-te-ei Imam dos
homens." (Abraão) perguntou: E também o serão os meus descendentes?
Respondeu-lhe: Minha promessa não alcançará os iníquos.
125 Lembrai-vos que estabelecemos a Casa para o congresso e local de segurança para a humanidade: Adotai a Estância de
Abraão por oratório. E estipulamos a Abraão e a Ismael, dizendo-lhes:
"Purificai Minha Casa, para os circundantes (da Caaba), os retraídos, os
que genuflectem e se prostram.
126 E quando Abraão implorou: Ó senhor meu, faze
com que esta cidade seja de paz, e agracia com frutos os
seus habitantes que crêem em Deus e no Dia do Juízo Final! Deus respondeu:
Quanto aos incrédulos dar-lhe-ei um desfrutar transitório e depois os
condenarei ao tormento infernal. Que funesto destino!
127 E quando Abraão e Ismael levantaram os alicerces da Casa,
exclamaram: Ó Senhor nosso, aceita-a de nós pois Tu és Oniouvinte,
Sapientíssimo.
128 Ó Senhor nosso, permite que nos submetamos a Ti e que surja, da
nossa descendência, uma nação submissa à Tua vontade. Ensina-nos os nossos
ritos e absolve-nos, pois Tu é o Remissório, o Misericordiosíssimo.
129 Ó Senhor nosso, faze surgir, dentre eles, um Mensageiro, que lhes
transmita as Tuas leis e lhes ensine o Livro, e a sabedoria, e os purifique,
pois Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo.
130 E quem rejeitaria o credo de Abraão, a não ser o insensato? Já o
escolhemos (Abraão), neste mundo e, no outro, contrar-se-á entre os virtuosos.
131 E quando o seu Senhor lhe disse: Submete-te a Mim!, respondeu: Eis
que me submeto ao Senhor do Universo!
132 Abraão legou esta crença aos seus filhos, e Jacó aos seus,
dizendo-lhes: Ó filhos meus, Deus vos legou esta religião; apegai-nos a ela, e
não morrais sem serdes submissos (a Deus).
133 Estáveis, acaso, presentes, quando
a morte se apresentou a Jacó, que perguntou aos seus filhos: Que adorareis após
a minha morte? Responderam-lhe: Adoraremos a teu Deus e o de teus pais: Abraão,
Ismael e Isaac; o Deus Único, a Quem nos submetemos.
134 Aquela é uma nação que já passou; colherá o que mereceu e vós
colhereis o que merecerdes, e não sereis responsabilizados pelo que fizeram.
135 Disseram: Sede judeus ou cristãos, que estareis
bem iluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo de Abraão, o monoteísta,
que jamais se contou entre os idólatras.
136 Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sido
revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos;
no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu
Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a
Ele.
137 Se crerem no que vós credes, iluminar-se-ão; se
se recusarem, estarão em cisma.
Deus ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo.
138 Eis aqui a religião de
Deus! Quem melhor que Deus para designar uma religião? Somente a Ele adoramos!
139 Pergunta-lhes: Discutireis conosco sobre Deus. Apesar de ser o nosso
e o vosso Senhor? Somos responsáveis por nossas ações assim como vós por
vossas, e somos sinceros para com Ele.
140 Podeis acaso, afirmar que Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos
eram judeus ou cristãos? Dize: Acaso, sois mais sábios do que Deus o é? Haverá
alguém mais iníquo do que aquele que oculta um testemunho recebido de Deus?
Sabei que Deus não está desatento a quanto fazeis.
141 Aquela é uma nação que já passou; colherá o que mereceu vós
colhereis o que merecerdes, e não sereis responsabilizados pelo que fizeram.
142 Os néscios dentre os humanos perguntarão: Que
foi que os desviou de sua tradicional quibla?
Dize-lhes: Só a Deus pertencem o levante e o poente. Ele encaminhará à senda
reta a quem Lhe apraz.
143 E, deste modo, (ó muçulmanos), contribuímo-vos
em uma nação de centro,
para que sejais, testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro e será para
vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu (ó Mohammad) seguis, senão para distinguir
aqueles que seguem o Mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança
seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra,
porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para a humanidade.
144 Vimos-te (ó Mensageiro) orientar o rosto para o
céu;
portanto, orientar-te-emos até a quibla que te satisfaça. Orienta teu rosto (ao
cumprir a oração) para a Sagrada Mesquita (de Makka)! E vós (crentes), onde
quer que vos encontreis, orientai vossos rosto até ela. Aqueles que receberam o
Livro, bem sabem que isto é a verdade de seu Senhor; e Deus não está desatento
a quanto fazem.
145 Ainda que apresentes qualquer espécie de sinal ante aqueles que
receberam o Livro, jamais adotarão tua quibla nem tu adotarás a deles; nem
tampouco eles seguirão a quibla de cada um mutuamente. Se te rendesses aos seus
desejos, apesar do conhecimento que tens recebido, contar-te-ias entre os
iníquos.
146 Aqueles a quem concedemos o Livro, conhecem-no como conhecem a seus
próprios filhos, se bem que alguns deles ocultam a verdade, sabendo-a.
147 (Esta é a) Verdade emanada de teu Senhor. Não sejas dos que dela
duvidam!
148 Cada qual tem um objetivo traçado por Ele. Empenhai-vos na prática
das boas Ações, porquanto, onde quer que vos acheis, Deus vos fará comparecer,
a todos, perante Ele, porque Deus é Onipotente.
149 Aonde quer que te dirijas (ó Mohammad), orienta teu rosto para a
Sagrada Mesquita, porque isto é a verdade do teu Senhor e Deus não está
desatento a quanto fazeis.
150 Aonde quer que te dirijas, orienta teu rosto para a Sagrada
Mesquita. Onde quer que estejais (ó muçulmanos), voltai vossos rostos na
direção dela, para que ninguém, salvo os iníquos, tenha argumento com que
refutar-vos. Não temais! Temei a Mim, a fim de que Eu vos agracie com Minhas
mercês, para que vos ilumineis.
151 Assim também escolhemos,
dentre vós, um Mensageiro de vossa raça para vos recitar Nossos versículos,
purificar-vos, ensinar-vos o Livro e a sabedoria, bem como tudo quanto
ignorais.
152 Recordai-vos de
Mim, que Eu Me recordarei de vós. Agradecei-Me e não Me sejais ingratos!
153 Ó fiéis, amparai-vos na perseverança e na oração, porque Deus está
com os perseverantes.
154 E não digais que estão mortos aqueles que
sucumbiram pela
causa de Deus. Ao contrário, estão vivos, porém vós não percebeis isso.
155 Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda
dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a
bem-aventurança) aos perseverantes –
156 Aqueles que, quando os aflige uma desgraça, dizem: Somos de Deus e a
Ele retornaremos –
157 Estes serão cobertos pelas bênçãos e pela misericórdia de seu
Senhor, e estes são os bem encaminhados.
158 As colinas de Assafa e Almarwa fazem
parte dos rituais de Deus e, quem peregrinar à Casa,
ou cumprir a ‘umra,
não cometerá pecado algum em percorrer a distância entre elas. Quem fizer
espontaneamente além do que for obrigatório, saiba que Deus é Retribuidor,
Sapientíssimo.
159 Aqueles que ocultam as evidências e a
Orientação que revelamos, depois de as havermos elucidado aos humanos, no
Livro, serão malditos por Deus e pelos imprecadores,
160 Salvo os que se arrependeram, emendaram-se e declararam (a verdade);
a estes absolveremos porque somos o Remissório, o Misericordiosíssimo.
161 Sobre os incrédulos, que morrem na incredulidade, cairá a maldição
de Deus, dos anjos e de toda humanidade.
162 Que pesará sobre eles eternamente.
O castigo não lhes será atenuado, nem lhes será dado prazo algum.
163 Vosso Deus e Um só. Não há mais divindade além
d’Ele, o Clemente, o Misericordiosíssimo.
164 Na criação dos céus e da terra; na alteração do
dia e da noite; nos navios que singram o mar para o benefício do homem; na água
que Deus envia do céu, com a qual vivifica a terra, depois de haver sido árida
e onde disseminou toda a espécie animal; na mudança dos ventos; nas nuvens
submetidas entre o céus e a terra, (nisso tudo) há sinais para os sensatos.
165 Entre os humanos há aqueles que adotam, em vez de Deus, rivais (a
Ele) aos quais professam igual amor que a Ele; mas os fiéis só amam
fervorosamente a Deus. Ah, se os iníquos pudessem ver (a situação em que
estarão) quando virem o castigo (que os espera!), concluirão que o poder
pertence a Deus e Ele é Severíssimo no castigo.
166 Então, os chefes negarão os seus prosélitos, virão o tormento e
romper-se-ão os vínculos que os uniam.
167 E os prosélitos dirão: Ah, se pudéssemos voltar (à terra),
repudiá-los-íamos como eles nos repudiaram! Assim Deus lhes demostrará que suas
ações são a causa de seus lamentos, e jamais se salvarão do fogo infernal.
168 Ó humanos, desfrutai de todo o lícito e
do que a terra contém de salutar e não sigais os passos de Satanás, porque é
vosso inimigo declarado.
169 Ele só vos induz ao mal e à obscenidade e a que digais de Deus o que
ignorais.
170 Quando lhes é dito: Segui o que Deus revelou! Dizem: Qual! Só
seguimos as pegadas dos nossos pais! Segui-las-iam ainda que seus pais fossem
destituídos de compreensão e orientação?
171 O exemplo de quem exorta os incrédulos é semelhante ao daquele que
chama as bestas, as quais não ouvem senão gritos e vozerios. São surdos, mudos,
cegos, porque são insensatos.
172 Ó fiéis, desfrutai de todo o bem com que vos agraciamos e agradecei
a Deus, se só a Ele adorais.
173 Ele só vos vedou a carniça,
o sangue, a carne de suíno e tudo o que for sacrificado sob invocação de outro
nome que não seja de Deus.
Porém, quem, sem intenção nem abuso, for impelido a isso, não será recriminado,
porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
174 Aqueles que ocultam o que Deus revelou no Livro, e o negociam a vil
preço, não saciarão suas entranhas senão com fogo infernal. Deus não lhes
falará no Dia da Ressurreição nem dos purificará, e sofrerão um doloroso
castigo.
175 São aqueles que trocam a Orientação pelo extravio, e o perdão pelo
castigo. Que resistência haverão de ter suportar o fogo infernal!
176 Isso, porque Deus revelou o Livro com a verdade e aqueles que
disputaram sobre ele incorreram em profundo cisma.
177 A virtude não consiste só em que orientais vossos rostos até ao
levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do
Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens
em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes,
mendigos e em resgate de cativos (escravos). Aqueles que observam a oração,
pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos, são pacientes na miséria e
na adversidade, ou durante os combates, esses são os verazes, e esses são os
tementes (a Deus).
178 Ó fiéis, está-vos preceituado o talião para
o homicídio:
livre por livre, escravo por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmão do
morto perdoar o assassino, devereis
indenizá-lo espontânea e voluntariamente. Isso é uma mitigação e misericórdia
de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerá um doloroso castigo.
179 Tendes, no talião, a segurança da vida, ó sensatos, para que vos
refreeis.
180 Está-vos prescrito que quando a morte se apresentar a algum de vós,
se deixar bens, que faça testamento eqüitativo em favor de seus pais e
parentes; este é um dever dos que temem a Deus.
181 E aqueles que o alterarem, depois de o haverem ouvido, estarão
cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus é Onipotente, Sapientíssimo.
182 Mas quem, suspeitando parcialmente ou injustiça da
parte do testador, emendar o testamento para reconciliar as partes, não será
recriminado porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
183 Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como
foi prescrito a
vossos antepassados, para que temais a Deus.
184 Jejuareis determinados
dias; porém, quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem,
jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito
sacrifício, consegue cumpri-lo, vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um
necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será
melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo.
185 O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação
para a humanidade e vidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte,
quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se
achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Deus vos
deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e
glorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.
186 Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize-lhes que estou
próximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o
Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem.
187 Está-vos permitido, nas noites de jejum,
acercar-vos de vossas mulheres, porque elas são vossas vestimentas e
vós o sois delas. Deus sabe o que vós fazíeis secretamente; porém, absorveu-vos
e vos indultou. Acercai-vos agora delas e desfrutai do que Deus vos prescreveu.
Comei e bebei até à alvorada, quando podereis distinguir o fio branco do fio negro.
Retornai, então ao, jejum, até ao anoitecer, e não vos acerqueis delas enquanto
estiverdes retraídos nas mesquitas. Tais são as normas de Deus; não as
transgridais de modo algum. Assim Deus ilucida os Seus versículos aos humanos,
a fim de que O temam.
188 Não consumais as vossas propriedades em
vaidades, nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos apropriardes
ilegalmente, com conhecimento, de algo dos bens alheios.
189 Interrogar-te-ão sobre os novilúnios.
Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento
da época da peregrinação. A virtude não consiste em que entreis nas casas pela
porta traseira; a verdadeira virtude é a de quem teme a Deus, para que
prospereis.
190 Combatei, pela
causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque
Deus não estima os agressores.
191 Matai-os onde quer se os encontreis e
expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o
homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada,
a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o
castigo dos incrédulos.
192 Porém, se desistirem, sabei que Deus é Indulgente,
Misericordiosíssimo.
193 E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de
Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os
iníquos.
194 Se vos atacarem um mês sagrado, combatei-os no
mesmo mês,
e todas as profanações serão castigadas com a pena de talião. A quem vos
agredir, rechaçai-o, da mesma forma; porém, temei a Deus e sabei que Ele está
com os que O temem.
195 Fazei dispêndios pela
causa de Deus, sem permitir que as vossas mão contribuam para vossa destruição,
e praticai o bem, porque Deus aprecia os benfeitores.
196 E cumpri a peregrinação e a Umra,
a serviço de Deus. Porém, se fordes impedidos disso, dedicai uma oferenda do
que vos seja possível e não corteis os vossos cabelos até que a oferenda tenha
alcançado o lugar destinado ao seu sacrifício. Quem de vós se encontrar
enfermo, ou sofrer de alguma infecção na cabeça, e a raspar, redimir-se-á
mediante o jejum, a caridade ou a oferenda. Entretanto, em condição de paz,
aquele que realizar a Umra antes da peregrinação, deverá, terminada esta, fazer
uma oferenda daquilo que possa. E quem não estiver em condições de fazê-lo,
deverá jejuar três dias, durante a peregrinação, e sete, depois do seu
regresso, totalizando dez dias. Esta penitência é para aquele que não reside
próximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temei a Deus e sabei que é Severíssimo
no castigo.
197 A peregrinação realiza em meses determinados.
Quem a empreender, deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da
polémica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saberá. Equipai-vos de provisões,
mas sabei que a melhor provisão é a devoção. Temei-Me, pois, ó sensatos.
198 Não serei censurados se procurardes a graça do
vosso Senhor (durante a peregrinação). Quando descerdes do monte Arafat,
recordai-vos de Deus perante os Monumento Sagrado e
recordai-vos de como vos iluminou, ainda quando éreis, antes disso, dos
extraviados.
199 Descei, também, de onde descem os
demais, e implorai perdão de Deus, porque é Indulgente, Misericordiosíssimo.
200 Quando celebrardes os vossos ritos,
recordai-vos de Deus como vos recordar dos vosso pais ou com mais fervor. Entre os humanos há aqueles que dizem: "Ó Senhor
nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!" Porém,, não participarão da
ventura da outra vida.
201 Outros dizem: "Ó Senhor nosso, concede-nos a graça deste mundo
e do futuro, e preserva-nos do tormento infernal!"
202 Estes, sim, lograrão a porção que tiverem merecido, porque Deus é
Destro em ajustar contas.
203 Recordai-vos de Deus em dias contados.
Mas, quem se apressar em (deixar o local) após dois dias, não será recriminado;
tampouco pecará aquele que se atrasar, se for temente a Deus. Temei a Deus,
pois, e sabei que sereis reunidos perante Ele.
204 Entre os homens há aquele que, falando da vida terrena, te encanta,
invocando Deus por Testemunha de tudo quanto encerra o seu coração embora seja
o mais encarniçado dos inimigos (d’Ele).
205 E quando se retira, eis que a sua intenção é percorrer a terra para
causar a corrupção, devastar as semeaduras e o gado, mesmo sabendo que a Deus
desgosta a corrupção.
206 Quando lhe é dito que tema a Deus, apossa-se dele a soberba,
induzindo-o ao pecado. Mas o inferno ser-lhe-á suficiente castigo. Que funesta
morada!
207 Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a
complacência de Deus, porque Deus é Compassivo para com os servos.
208 Ó fiéis, abraçai o Islam na sua totalidade e não sigais os passos de
Satanás, porque é vosso inimigo declarado.
209 Porém se tropeçardes, depois de vos terem chegado as evidências,
sabei que Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
210 Aguardam eles que lhes venha o Próprio Deus, na
sombra dos cirros, juntamente com os anjos e, assim, tudo esteja terminado?
Sabei que todo retornará a Deus.
211 Pergunta aos israelitas quantos
sinais evidentes lhes temos mostrado. Mas quem deturpa conscientemente as
mercês de Deus, depois de lhas terem chegado, saiba que Deus é Severíssimo no
castigo.
212 Foi abrilhantada a vida terrena aos incrédulos
e, por isso, zombam dos fiéis; porém, os tementes prevalecerão sobre eles no
Dia da Ressurreição, porque Deus agracia imensuravelmente quem Lhe apraz.
213 No princípio os povos constituíam uma só nação. Então, Deus enviou
os profetas como alvissareiros e admoestadores e enviou, por eles, o Livro, com
a verdade, para dirimir as divergências a seu respeito, depois de lhes terem
chegado as evidências, por egoística contumácia. Porém, Deus, com a Sua graça,
orientou os fiéis para a verdade quanto àquilo que é causa das suas
divergências; Deus encaminha quem Lhe apraz à senda reta.
214 Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem antes terdes de passar
pelo que passaram os vossos antecessores? Açoitaram-nos a miséria e a
adversidade, que os abalaram profundamente, até que, mesmo o Mensageiro e os
fiéis, que com ele estavam, disseram: Quando chegará o socorro de Deus? Acaso o
socorro de Deus não está próximo?
215 Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Toda a
caridade que fizerdes, deve ser para os pais, parentes, órfãos, necessitados e
viajantes (desamparados). E sabei que todo o bem que fizerdes, Deus dele tomará
consciência.
216 Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis.
É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de
algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes, Deus
dele tomará consciência.
217 Quando te perguntarem se é lícito combater no
mês sagrado,
dize-lhes: A luta durante este mês é um grave pecado; porém, desviar os fiéis
da senda de Deus, negá-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela
(Makka) os seus habitantes é mais grave ainda, aos olhos de Deus, porque a
perseguição é pior do que o homicídio. Os incrédulos, enquanto puderem, não
cessarão de vos combater, até vos fazerem renunciar à vossa religião; porém,
aqueles dentre vós que renegarem a sua fé e morrerem incrédulos tornarão as
suas obras sem efeito, neste mundo e no outro, e serão condenados ao inferno,
onde permanecerão eternamente.
218 Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão
esperar de Deus a misericórdia, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
219 Interrogam-te a respeito da bebida inebriante e
do jogo de azar HREF="#92">92); dize-lhes: Em ambos há benefícios
e malefícios para o homem; porém, os seus malefícios são maiores do que os seus
benefícios. Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Gastai o
que sobrar das vossas necessidades. Assim Deus vos elucida os Seus versículos,
a fim de que mediteis,
220 Nesta vida e na outra. Consultar-te-ão a respeito dos órfãos;
dize-lhes: Fazer-lhes o bem é o melhor. E se misturardes vossos assuntos com os
deles, serão vossos irmãos; sabei que Deus distingue o corrupto do benfeitor.
Porém, se Deus quisesse, Ter-vos-ia afligido, porque é Poderoso, Prudentíssimo.
221 Não desposareis as idólatras até que elas se
convertam, porque uma escrava fiel é preferível a uma idólatra, ainda que esta
vos apraza.
Tampouco consintais no matrimônio das vossas filhas com os idólatras, até que
estes se tenham convertido, porque um escravo fiel é preferível a um livre
idólatra, ainda que este vos apraza. Eles arrastam-vos para o fogo infernal; em
troca, Deus, com Sua benevolência, convoca-vos ao Paraíso e ao perdão e elucida
os Seus versículos aos humanos, para que Dele recordem.
222 Consultar-te-ão acerca da menstruação;
dize-lhes: É uma impureza.
Abstende-vos, pois, das mulheres durante a menstruação e não vos acerqueis
delas até que se purifiquem; quando estiverem purificadas, aproximai-vos então
delas, como Deus vos tem disposto, porque Ele estima os que arrependem e cuidam
da purificação.
223 Vossas mulheres são vossas semeaduras. Desfrutai, pois, da vossa
semeadura, como vos apraz; porém, praticai boas obras antecipadamente, temei a
Deus e sabei que compareceis perante Ele. E tu (ó Mensageiro), anuncia aos
fiéis (a bem-aventurança).
224 Não tomeis (o nome de) Deus como desculpa, em vosso juramento, para
não serdes benevolentes, devotos e reconciliardes os homens, porque Deus é
Oniouvinte, Sapientíssimo.
225 Deus não vos recriminará por vossos juramentos
involuntários;
porém, responsabilizar-vos-á pelas intenções dos vossos corações. Sabei que
Deus é Tolerante, Indulgentíssimo.
226 Aqueles que juram abster-se das suas mulheres deverão aguardar um
prazo de quatro meses. Porém, se então voltarem a elas, saibam que Deus é
Indulgente, Misericordiosíssimo.
227 Mas se revolverem divorciar-se, saibam que Deus
é Oniouvinte, Sapientíssimo.
227 As divorciadas aguardarão três menstruação e,
se crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, não deverão ocultar o que Deus criou
em suas entranhas. E seus esposos têm mais direito de as readmitir, se
desejarem a reconciliação,
porque elas tem direitos equivalentes aos seus deveres, embora os homens tenham
um grau sobre elas,
porquanto Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
228 O divórcio revogável só
poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco
dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de
tudo quanto lhes haveis dotado, a menos que ambos temam contrariar as leis de
Deus.
Se temerdes (vós juizes) que ambos as contrariem, não serão recriminados, se
ela der algo pela vossa liberdade. Tais são os limites de Deus, não os
ultrapasseis, pois; aqueles que os ultrapassarem serão iníquos.
229 Porém, se ele se divorciar irrevogavelmente
dela, não
lhe será permitido tomá-la de novo por esposa legal até que se tenha casado com
outro e também se tenha divorciado deste; não serão censurados se se
reconciliarem, desde que sintam que poderão observar as leis de Deus. Tais são
os limites de Deus, que Ele elucida para os sensatos.
230 Quando vos divorciardes das
mulheres, ao terem elas cumprido o seu período prefixado, tomai-as de volta
eqüitativamente, ou liberta-as eqüitativamente. Não as tomeis de volta com o
intuito de injuriá-las injustamente, porque quem tal fizer condenar-se-á. Não
zombeis dos versículos de Deus e recordai-vos das Suas mercês para convosco e
de quanto vos revelou no Livro, com sabedoria, mediante o qual vos exorta.
Temei a Deus e sabei que Deus é Onisciente.
231 Se vos divorciardes das mulheres, ao terem elas
cumprido o seu período prefixado, não as impeçais de
renovar a união com os seus antigos maridos, se ambos se reconciliarem
voluntariamente. Com isso se exorta a quem dentre vós crê em Deus e no Dia do
Juízo Final. Isso é mais puro e mais virtuoso para vós, porque Deus sabe e vós
ignorais.
233 As mães (divorciadas) amamentarão os seus filhos durante dois anos
inteiros, aos quais desejarem completar a lactação, devendo o pai mantê-las e
vesti-las eqüitativamente. Ninguém é obrigado a fazer mais do que está ao seu
alcance. Nenhuma mãe será prejudicada por causa do seu filho, nem tampouco o
pai, pelo seu. O herdeiro do pai tem as mesmas obrigações; porém, se ambos, de
comum acordo e consulta mútua, desejarem a desmama antes do prazo estabelecido,
são serão recriminados. Se preferirdes tomar uma ama para os vossos filhos, não
sereis recriminados, sempre que pagueis, estritamente, o que tiverdes
prometido. Temei a Deus e sabe que Ele vê tudo quanto fazeis.
234 Quanto àqueles, dentre vós, que falecerem e
deixarem viúvas, estas deverão aguardar quatro meses e dez dias.
Ao cumprirem o período prefixado, não sereis responsáveis por tudo quanto
fizerem honestamente das suas pessoas, porque Deus está bem inteirado de tudo
quanto fazeis.
235 Tampouco sereis censurados se fizerdes alusão a uma proposta de
casamento e estas mulheres, ou pensardes em fazê-lo. Deus bem sabe que vos
importais com elas; porém, não vos declareis a elas indecorosamente; fazei-o em
termos honestos e não decidais sobre o contrato matrimonial até que haja
transcorrido o período prescrito; sabei que Deus conhece tudo quanto ensejais.
Temei-O, pois, e sabeis que Ele é Tolerante, Indulgentíssimo.
236 Não sereis recriminados se vos divorciardes das vossas mulheres antes
de as haverdes tocado ou fixado o dote; porém, concedei-lhes um presente; rico,
segundo as suas posses, e o pobre, segundo as suas, porque conceder esse
presente é obrigação dos benfeitores.
237 E se vos divorciardes delas antes de as
haverdes tocado, tendo fixado o dote, corresponder-lhes-á a metade do que lhes
tiverdes fixado, a menos que, ou elas abram mão (disso),
ou faça quem tiver o contrato matrimonial em seu poder.
Sabei que o perdão está mais próximo da virtude e não esqueçais da liberalidade
entre vós, porque Deus bem vê tudo quanto fazeis.
238 Observai as orações, especialmente as
intermediárias, e
consagrai-vos fervorosamente a Deus.
239 Se estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando; porém, quando
estiverdes seguros, invocai Deus, tal como Ele vos ensinou o que não sabíeis.
240 Quanto àqueles, dentre vós, que faleceram e deixarem viúvas, a elas
deixarão um legado para o seu sustento durante um ano, sem que sejam forçadas a
abandonar suas casas. Porém, se elas voluntariamente as abandonarem, não sereis
responsáveis pelo que fizerem, moderadamente, de si mesmas, porque Deus é
Poderoso, Prudentíssimo.
241 Proporcionar o necessário às divorciadas (para sua manutenção) é um
dever dos tementes.
242 Assim Deus vos elucida os Seus versículos para que raciocineis.
243 Não reparastes naqueles que, aos milhares, fugiram das suas casas
por temor à morte? Deus lhes disse: Morrei! Depois os ressuscitou, porque é
Agraciante para com os humanos; contudo a maioria não Lhe agradece.
244 Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele é
Oniouvinte, Sapientíssimo.
245 Quem estaria disposto a emprestar a Deus, espontaneamente, para que
Ele se multiplique infinitamente? Deus restringe ou prodigaliza a Sua graça, e
a Ele retornareis.
246 Não reparastes (ó Mohammad) nos líderes dos
israelitas que, depois da morte de Moisés,
disseram ao seu profeta: Designa-nos um rei, para combatermos pela causa de
Deus. E ele perguntou: Seria possível que não combatêsseis quando vos fosse
imposta a luta? Disseram: E que escusa teríamos para não combater pela causa de
Deus, já que fomos expulsos dos nossos lares e afastados dos nossos filhos?
Porém, quando lhes foi ordenado o combate, quase todos o recusaram, menos uns
poucos deles. Deus bem conhece os iníquos.
247 Então, seu profeta lhes disse: Deus vos
designou Talut por
rei. Disseram: Como poderá ele impor a sua autoridade sobre nós, uma vez que
temos mais direto do que ele à autoridade, e já que ele nem sequer foi
agraciado com bastantes riquezas? Disse-lhes: É certo que Deus o elegeu sobre
vós, concedendo-lhe superioridade física e moral. Deus concede a Sua autoridade
a que Lhe apraz, e é Magnificente, Sapientíssimo.
248 E o seu profeta voltou a dizer: O sinal da sua
autoridade consistirá em que vos chegará a Arca da Aliança,
conduzida por anjos, contendo a paz do vosso Senhor e algumas relíquias,
legadas pela família de Moisés e de Aarão. Nisso terei um sinal, se sois fiéis.
249 Quando Saul partiu com o seu exército, disse: É certo que Deus vos
provará, por meio de um rio. Sabei que quem nele se saciar não será dos meus;
sê-lo-á quem não tomar de suas águas mais do que couber na concavidade da sua
mão. Quase todos se saciaram, menos uns tantos. Quando ele e os fiéis
atravessaram o rio, (alguns) disseram: Hoje não podemos com Golias e com seu
exército. Porém, aqueles que creram que deveriam encontrar Deus disseram:
Quantas vezes um pequeno grupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de
Deus, porquanto Deus está com os perseverantes!
250 E quanto se defrontaram com Golias e com o seu exército, disseram: Ó
Senhor nosso, infunde-nos constância, firma os nossos passos e concede-nos a
vitória sobre o povo incrédulo!
251 E com a vontade de Deus os derrotaram; Davi
matou Golias e
Deus lhe outorgou o poder e a sabedoria e lhe ensinou tudo quanto Lhe aprouve.
Se Deus não contivesse aos seres humanos, uns, em relação aos outros, a terra
se corromperia; porém, Ele é Agraciante para com a (Está incompleto no
Alcorão)
252 Tais são os versículos de Deus que realmente te ditamos, porque és
um dos mensageiros.
253 De tais mensageiros preferimos uns aos outros. Entre eles, se
encontram aqueles a quem Deus falou, e aqueles que elevou em dignidade. E
concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o
Espírito da Santidade. Se Deus quisesse, aqueles que os sucederam não teriam
combatido entre si, depois de lhes terem chegado as evidências. Mas discordaram
entre si; uns acreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, não teriam
digladiado; porém, Deus dispõe como quer.
254 Ó fiéis, fazei caridade com aquilo com que vos agraciamos, antes que
chegue o dia em que não haverá barganha, amizade, nem intercessão. Sabei que os
incrédulos são iníquos.
255 Deus(!
Não há mais divindade além d’Ele, Vivente, Subsistente,
a Quem jamais alcança a inatividade ou o sono; d’Ele é tudo quanto existe nos
céus e na terra. Quem poderá interceder junto a Ele, sem a Sua anuência? Ele
conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos) nada conhecem a Sua
ciência,
senão o que Ele permite. O Seu Trono abrange
os céus e a terra, cuja preservação não O abate, porque é o Ingente, o
Altíssimo.
256 Não há imposição quanto à religião,
porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus,
Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é
Oniouvinte, Sapientíssimo.
257 Deus é o Protetor dos fiéis; é Quem os retira das trevas e os
transportam para a luz; ao contrário, os incrédulos, cujos protetores são os
sedutores, para que os arrastam da luz, levando-os para as trevas, serão condenados
ao inferno onde permanecerão eternamente.
258 Não reparaste naquele que disputava com Abraão acerca
de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido o poder? Quando Abraão lhe disse:
Meu Senhor é Quem dá a vida e a morte! retrucou: Eu também dou a vida e a
morte. Abraão disse: Deus faz sair o sol do Oriente, faze-o tu sair do
Ocidente. Então o incrédulo ficou confundido, porque Deus não ilumina os
iníquos.
259 Tampouco reparastes naquele que passou por uma
cidade em ruínas e
conjecturou: Como poderá Deus ressuscitá-la depois de sua morte? Deus o manteve
morto durante cem anos; depois o ressuscitou e lhe perguntou: Quanto tempo
permaneceste assim? Respondeu: Permaneci um dia ou parte dele. Disse-lhe: Qual!
Permaneceste cem anos. Observa a tua comida e a tua bebida; constata que ainda
não se deterioraram. Agora observa teu asno (não resta dele mais do que a
ossada); isto é para fazer de ti um exemplo para os humanos. Observa como
dispomos os seus ossos e em seguida os revestimos de carne. Diante da
evidência, exclamou: Reconheço que Deus é Onipotente!
260 E de quando Abraão implorou: Ó Senhor meu,
mostra-me como ressuscitas os mortos; disse-lhe Deus: Acaso, ainda não crês?
Afirmou: Sim, porém, faze-o, para a tranqüilidade do meu coração. Disse-lhe:
Toma quatro pássaros, treina-os para que voltem a ti, e coloca uma parte deles sobre
cada montanha; chama-os, em seguida, que virão, velozmente, até ti; e sabe que
Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
261 O exemplo daqueles que gastam os seus bens pela causa de Deus é como
o de um grão que produz sete espigas, contendo cada espiga cem grãos. Deus
multiplica mais ainda a quem Lhe apraz, porque é Munificente, Sapientíssimo.
262 Aqueles que gastam os bens pela causa de Deus, sem acompanhar a sua
caridade com exprobação ou agravos, terão a sua recompensa ao lado do Senhor e
não serão presas do temor, nem se atribularão.
263 Uma palavra cordial e uma indulgência são preferíveis à caridade
seguida de agravos, porque Deus é, por Si, Tolerante, Opulentíssimo.
264 Ó fiéis, não desmereçais as vossas caridades
com exprobação ou agravos como aquele que gasta os seus bens, por ostentação,
diante das pessoas que não crê em Deus, nem no Dia do Juízo Final. O seu
exemplo é semelhante ao de uma rocha coberta por terra que, ao ser atingida por
um aguaceiro, fica
a descoberto. Em nada se beneficiará, de tudo quanto fizer, porque Deus não
ilumina os incrédulos.
265 Por outra, o exemplo de quem gasta os seus bens espontaneamente,
aspirando à complacência de Deus para fortalecer a sua alma, é como um pomar em
uma colina que, ao cair a chuva, tem os seus frutos duplicados; quando a chuva
não o atinge, basta-lhe o orvalho. E Deus bem vê tudo quanto fazeis.
266 Desejaria algum de vós, possuindo um pomar cheio
de tamareiras e videiras, abaixo das quais corressem os rios, em que houvesse
toda espécie de frutos, e surpreendesse a velhice com filhos de tenra idade,
que o açoitasse e consumisse um furacão ignífero? Assim Deus elucida os
versículos, a fim de que mediteis.
267 Ó fiéis, contribuí com o que de melhor tiverdes adquirido, assim
como com o que vos temos feito brotar da terra, e não escolhais o pior para
fazerdes caridade, sendo que vós não aceitaríeis para vós mesmos, a não ser com
os olhos fechados. Sabei que Deus é, por Si, Opulento, Laudabilíssimo.
268 Satanás vos atemoriza com a miséria e vos induz
à obscenidade; por outro lado, Deus vos promete a Sua indulgência e a Sua graça,
porque é Munificente, Sapientíssimo.
269 Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for
agraciado com ela, sem dúvida terá logrado um imenso bem; porém, salvo os
sensatos, ninguém o compreende.
270 De cada caridade que dispensais e de cada promessa que fazeis, Deus
o sabe; sabei que os iníquos jamais terão protetores.
271 Se fizerdes caridade abertamente, quão louvável será! Porém, se a
fizerdes, dando aos pobres dissimuladamente, será preferível para vós, e isso
vos absolverá de alguns dos vossos pecados, porque Deus está inteirado de tudo
quanto fazeis.
272 A ti (ó Mensageiro) não cabe guiá-los; porém, Deus guia a quem Lhe
apraz. Toda a caridade que fizerdes será em vosso próprio benefício, e não
pratiqueis boas ações senão com a aspiração de agradardes a Deus. Sabei que
toda caridade que fizerdes vos será recompensada com vantagem, e não sereis
injustiçados.
273 (Concedei-a) aos que empobrecerem empenhados na causa de Deus, que
não podem se dar a negócios na terra, e que o ignorante não os crê necessitados,
porque são reservados. Tu os reconhecerás por seus aspectos, porque não
mendigam impertinentemente. De toda a caridade que fizerdes Deus saberá.
274 Aqueles que gastam dos seus bens, tanto de dia como à noite, quer
secreta, quer abertamente, obterão a sua recompensa no Senhor e não serão
presas do temor, nem se atribularão.
275 Os que praticam a usura só
serão ressuscitados como aquele que foi perturbado por Satanás; isso, porque
disseram que a usura é o mesmo que o comércio;
no entanto, Deus consente o comércio e veda a usura. Mas, quem tiver recebido
uma exortação do seu Senhor e se abstiver, será absolvido pelo passado, e seu
julgamento só caberá a Deus. Por outro lado, aqueles que reincidirem, serão
condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.
276 Deus abomina a usura e multiplica a recompensa aos caritativos; Ele
não aprecia nenhum incrédulo, pecador.
277 Os fiéis que praticarem o bem, observarem a oração e pagarem o
zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serão presas do temor, nem se
atribularão.
278 Ó fiéis, temei a Deus e abandonai o que ainda vos resta da usura, se
sois crentes!
279 Mas, se tal acatardes, esperai a hostilidade de Deus e do Seu
Mensageiro; porém, se vos arrependerdes, reavereis apenas o vosso capital. Não
defraudeis e não sereis defraudados.
280 Se vosso devedor se achar em situação precária, concedei-lhe uma moratória;
mas, se o perdoardes, será preferível para vós, se quereis saber.
281 E temei o dia em que retornareis a Deus, e em que cada alma receberá
o seu merecido, sem ser defraudada.
282 Ó fiéis, quando contrairdes uma dívida por
tempo fixo, documentai-a; e que um escriba, na vossa presença, ponha-a
fielmente por escrito;
que nenhum escriba se negue a escrever, como Deus lhe ensinou.
Que o devedor dite, e que tema a Deus, seu Senhor, e nada omita dele (o
contrato). Porém, se o devedor for insensato, ou inapto, ou estiver
incapacitado a ditar, que seu procurador dite fielmente, por ele. Chamai duas
testemunhas masculinas de vossa preferência, a fim de que, se uma delas se
esquecer, a outra recordará. Que as testemunhas não se neguem, quando forem
requisitadas. Não desdenheis documentar a dívida, seja pequena ou grande, até
ao seu vencimento. Este proceder é o mais equitativo aos olhos de Deus, o mais
válido para o testemunho e o mais adequado para evitar dúvidas. Tratando-se de
comércio determinado, feito de mão em mão, não incorrereis em falta se não o
documentardes. Apelai para testemunhas quando mercadejardes, e que o escriba e
as testemunhas não seja coagidos; se os coagirdes, cometereis delito. Temei a
Deus e Ele vos instruirá, porque é Onisciente.
283 Se estiverdes em viagem e não encontrardes um
escriba, deixareis um penhor resgatável;
quando vos confiardes reciprocamente, saiba, quem tiver recebido o depósito,
que deverá restituí-lo, temendo a Deus, seu Senhor. Não vos negueis a prestar
testemunho; saiba, pois, quem o negar, que seu coração é nocivo. Deus sabe o
que fazeis.
284 A Deus pertence tudo quanto há nos céus e na terra. Tanto o que
manifestais, como o que ocultais, Deus vo-lo julgará. Ele perdoará a quem
desejar e castigará a quem Lhe aprouver, porque é Onipotente.
285 O Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis
crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não
fazemos distinção entre os Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos.
Só anelamos a Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!
286 Deus não impõe a nenhuma alma uma carga
superior às suas forças.
Beneficiar-se-á com o bem quem o tiver feito e sofrerá mal quem o tiver
cometido. Ó Senhor nosso, não nos condenes, se nos esquecermos ou nos
equivocarmos! Ó Senhor nosso, não nos imponhas carga, como a que impuseste a
nossos antepassados! Ó Senhor nosso, não nos sobrecarregues com o que não
podemos suportar! Tolera-nos! Perdoa-nos! Tem misericórdia de nós! Tu és nosso
Protetor! Concede-nos a vitória sobre os incrédulos!
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