A justiça humana no banco dos
réus (parte IV)
“Ai de vós, se a vossa justiça não exceder em muito à dos
publicanos...
...”Porque a justiça dos homens é como um trapo de
imundície”.
O sequestro do nosso juízo
A maior distância que separa a
Justiça de Deus da justiça
justiça humana é exatamente a forma com que o homem é
visto
e tratado. Enquanto Deus dá ao homem plena liberdade
através do livre arbítrio,
onde este pode exercer a plenitude
de seu juízo, a justiça humana concede ao
magistrado o
poder de sequestrar a sua opinião e habilidade de julgar os
fatos
tratados no processo em que for parte. Esta é a
essência principal do Direito
Quântico: reconhecer no homem
esta habilidade genuína, essencial à sobrevivência
e à vida
em sociedade.
Este contraste é relatado na Bíblia
como o monstro Leviatã,
cuja pele espessa e grossa, o torna insensível ao toque
e com
sua força, nada o detém. A justiça humana é a mais poderosa
instituição
humana, à qual tudo e todos, num estado
democrático de direito, devem estar
sujeitos – com sua força
e poder, ninguém sabe o que se passa em sua mente,
isso
muito se assemelha com o direito de hermenêutica, com o
qual o magistrado,
no uso do poder atribuído ao seu cargo,
em situações similares, toma decisões
diferentes, daí
podemos entender as frases que que repetimos antes dos
textos
desta série de estudos: a justiça cristã deve alcançar
a alma do homem, porque
a humana não trás verdadeira
sensação de que a verdade prospera.
Certa vez um jovem que nasceu em um lar
humilde, se
vendo em sua adolescência sem o suporte de seu pai,
é obrigado a
rever seus projetos de formação acadêmica e
profissional, tendo de começar a
trabalhar aos treze anos de
idade, mas este contratempo não foi suficiente para
se
tornar amargo ou descrer nas instituições humanas, muito
embora fosse também
órfão destas.
Ao perceber que não mais poderia
realizar sua vocação
profissional, com grande esforço se dedicou a economizar e a
trabalhar até 16 horas diárias para alcançar, de forma
diferente, o que a
vida lhe negara. Após mais uma maré
baixa da inconstante economia da terra onde
nascera, que
espiritualmente se chama Sodoma e Egito, consegue
estabelecer uma
empresa, segundo a legislação vigente e
respeitando os direitos dos seus
funcionários.
A primeira e decepcionante experiência
a que foi
indevidamente submetido junto à justiça humana, foi com
um de seus
funcionários, ao qual sua empresa, sem que fosse
obrigada, lhe fornecia quatro refeições
diárias e moradia,
além dos demais direitos trabalhistas, porém, devido a
atitudes pouco saudáveis e sociais por parte deste
funcionário, se viu obrigado
a demiti-lo e como piorava seu
comportamento, pediu que cumprisse seu aviso
prévio fora
das dependências da empresa. Antes mesmo de terminar os
trinta dias
do aviso prévio, este recebeu uma notificação da
justiça para uma audiência
trabalhista, pois este funcionário,
que devido a problemas de identidade
pessoal, se negava a
entregar sua carteira de trabalho para ser registrada,
diferentemente do que ocorria com os demais funcionários.
Na audiência a advogada do
funcionário, requereu um
valor, que de fato era o que o contador daquele jovem
empreendedor havia calculado, não satisfeito, o magistrado
quis imputar-lhe uma
multa por conta do não registro da
carteira do funcionário e diante da sua
alegação de que o mesmo se negava a entregá-la para registro o mesmo lhe
disse
que então ele não o deveria tê-lo contratado, mas como
insistiu na cobrança,
então foi mostrado ao magistrado
algumas contas telefônicas, na qual havia
inúmeras em altas
horas da noite, em horários em que apenas este funcionário
estava na loja, pois lhe havia concedido que morasse ali.
Ao reconhecer que era
o autor das ligações, o magistrado
resolve fazer a compensação e percebendo a
situação de
aflição do funcionário em ficar desempregado, pergunta ao
jovem
empreendedor se não era possível readmiti-lo, que
então disse que não poderia decidir, pois
embora
representasse a empresa em juízo, eu não convivia
diariamente com o
mesmo, pois se tratava de uma empresa
familiar e lhe havia sido dito que o
comportamento do
funcionário não era adequado ao ambiente comercial.
A venda nos olhos, que simboliza
imparcialidade da
justiça humana, parece que também afeta a capacidade de
alguns
magistrados em ver os fatos de um modo mais amplo,
notem que o mesmo magistrado
que havia dito que o
empreendedor não deveria ter empregado este funcionário
por
conta deste se negar a fornecer sua carteira de trabalho,
onde além de
todos os direitos tinha quatro refeições diárias,
conforto e moradia, ao final
da audiência lhe pede para
readmiti-lo.
De fato dezenas de milhares de
pequenos empresários de
Sodoma e Egito prestam a seus funcionários condições de
trabalho melhores que a legislação lhes impõe, no entanto,
é sabido de todos que
nas audiências, o funcionário é sempre
visto como a parte mais fraca e a
tendência é que seja
beneficiado, ao que tem feito nascer uma indústria de ações
descabidas de empregados contra empregadores, redução do
nível dos empregos que
caberia ao estado promover,
impactando diretamente nos custos sociais do governo,
assim,
seja por aplicarem a lei ou pelo direito hermenêutico
cabível aos
magistrados, a visão de uma nação organizada e
inteligentemente administrada é
prejudicada, causando
descrédito da população nas instituições governamentais e
em
seus ocupantes, replicando-se esta situação nas relações
pessoais e
comerciais nesta nação: o bom exemplo que
deveria vir das elites governantes,
desdobrado na boa
qualidade na aplicação dos impostos, certamente seria
reconhecido pelo povo, facilitando assim, o acatamento das
leis e normas desta
nação.
Hoje, depois quase três décadas de
decepcionantes
experiências com a prepotente e cega justiça humana, posso
fazer
uma síntese sobre este tema, pois creio que nenhuma
experiência, seja ela boa
ou má ocorre por acaso: na verdade
este blog é dedicado a uma experiência bem
maior, dentro da
qual este tema deve ser tratado.
Diante de insistentes abusos no uso
da chamada “justiça”
contra pessoas que vindas de famílias pobres, pelejam em
inúmeras horas diárias para construir um negócio próprio,
percebendo uma renda
que tão somente lhes permite o
sustento de suas famílias e com muita
criatividade fazer
pequenos investimentos que resultam em geração de
empregos,
criatividade esta, advinda do instinto de
sobrevivência, seria, da minha parte,
uma grande omissão,
deixar de tratar desta questão tão delicada, devido à
injusta sobrecarga que um estado incompetente e corrupto
impõe aos frágeis e
indefesos pequenos empreendedores. É
inaceitável que um sistema tão caro, com
procuradores,
promotores, delegados e magistrados percebendo salários
muito
acima da média nacional, possa entregar à população
um serviço onde apenas
trinta por cento dos casos têm
solução.
O nome deste blog é “As duas
Testemunhas” e trata de uma
revelação dos capítulos 10 e 11 do livro bíblico de
Apocalipse
e seria também uma grande omissão de minha parte, não
trazer à
análise dos cristãos conhecedores deste fato, os
motivos pelos quais, Deus, que
as projetou, criou e as lançou
nos dias atuais, para cumprirem o propósito de
alertar ao Seu
povo quanto à volta iminente do Messias e a forma como
regerá sobre a terra e que certamente não terá sido por
acaso esse mesmo Deus
providenciou que estes dois profetas
tenham sido respectivamente um magistrado
e o outro
alguém que tenha vivenciado intensamente o outro lado da
justiça
humana. Certamente Deus confia na índole, coragem
e capacidade de ambos em debater esta justiça de forma
visceral e idônea, sem o sequestro de seus
juízos.
Por Nelsomar Correa, em 03 de
dezembro de 2017.
Enriqueçam esta leitura com estes texto que publicamos:
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